O IMPÉRIO AZUL
Em dia de aniversário de Pinto da Costa, O JOGO fez as contas aos títulos conquistados em 22 anos de presidência, que dão eles próprios outros dois recordes ao presidente do FC Porto: o de longevidade e o do número de troféus.Pinto da Costa completa 67 anos de idade e pode orgulhar-se de ser não só de o presidente que mais anos leva à frente de um clube como também o mais ganhador. Já vai em 22 anos e meio como o homem forte dos dragões, período em que conquistou 184 títulos. Impressionante! Mais ainda se dissermos que isso significa mais de oito por ano e mais de um por cada dois meses na presidência. Convém referir que nestas contas foram somados os títulos do futebol em todas as camadas e das várias modalidades amadoras do clube - podem faltar algumas - apenas em seniores. Os primeiros contactos com o futebol aconteceram como guarda-redes, no Colégio das Caldinhas. Pela mão de familiares, começou a assistir aos jogos do FC Porto no Campo da Constituição e há precisamente 51 anos recebia das mãos da avó o cartão de sócio do FC Porto, como prenda de aniversário. Estava oficializada uma ligação que nem o próprio imaginava fosse durar tanto tempo.
Em 1962, assume as funções de seccionista no clube e vinte anos depois é eleito presidente da direcção. Lennart Johansson, presidente da UEFA, chamou-lhe "criador de impérios", no prefácio do livro "Largos dias têm 100 anos". De facto, em duas décadas, o "imperador" Pinto da Costa criou uma verdadeira soberania azul e branca que não só conquistou o país - passar a Ponte da Arrábida era antes um pesadelo - como alargou o prestígio além fronteiras, conquistando o Mundo por duas vezes, a última das quais apenas a 12 de Dezembro em Yokohama, no Japão. É a mais recente conquista sob a sua liderança, se bem que, pela primeira vez, não tenha estado presente. As vitórias no futebol são apenas a face mais mediática da sua presidência. Porém, também as modalidades amadoras e a formação devem o que são hoje a Pinto da Costa. Senão vejamos: antes de assumir a presidência do clube, o FC Porto nunca tinha ganho nada, por exemplo, no hóquei em patins.
Tal como o futebol, leva 13 títulos nacionais em vinte anos, a que se juntam sete além fronteiras, quase todos na década de 80. No andebol, quebrou um jejum de 31 anos sem ganhar o campeonato. Era o título que lhe faltava, conforme relata no seu livro. Se 1987 foi o ano de ouro pela conquista do primeiro título europeu - a que se juntaram a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental -, o que está a terminar é, sem sombra de dúvidas, o melhor de todos em termos desportivos. O FC Porto fez o pleno vencendo os campeonatos de futebol, andebol, basquetebol e hóquei em patins (o que já tinha acontecido em 1998/99), mas também ganhou a Liga dos Campeões e mais uma Taça Intercontinental. Destaques- 184 títulos em 22 anos de presidência, contando só o futebol e as modalidades de referência. Oito por ano e mais de um por cada dois meses - Entre o futebol e o hóquei em patins já conquistou 13 troféus internacionais - Na história do futebol português, não encontra concorrência possível.
Borges Coutinho, presidente do Benfica, ficou-se pelos nove, e António José Ribeiro Ferreira, do Sporting, juntou oito - Antes de chegada à presidência do FC Porto, o hóquei em patins ainda não tinha ganho qualquer título. Já vai em 41 28-12-2004
Bem-vindo ao topo
O presidente da UEFA, Lennart Johansson, parece dar as boas-vindas de regresso aos píncaros europeus a Pinto da Costa. A Taça UEFA marcou o início de um ciclo de vitórias internacionais a que só faltou a Supertaça Europeia e que foi completado com a Liga dos Campeões e a Taça Intercontinental. A figura máxima do futebol no "velho continente" mostra uma estima incomum pelo presidente portista, que compara aos míticos Santiago Bernebéu e Angelo Moratti. Mas Pinto da Costa, diga-se, já conquistou mais títulos do que o espanhol do Real Madrid e o italiano do Inter juntos...E o império cresceu...Jorge Nuno Pinto da Costa festeja hoje 67 anos; está há quase 23 na presidência do FC Porto. Títulos atrás de títulos, nacionais, europeus e mundiais. Lennart Johansson, presidente da UEFA, sabia do que falava quando lhe chamou "criador de impérios" e neste último ano o líder dos dragões tratou de expandir o muito que já fizera. Viu o FC Porto ganhar mais um campeonato nacional - o segundo consecutivo -, uma Supertaça Cândido de Oliveira, uma Liga dos Campeões e, para fechar em beleza, a Taça Intercontinental que recolocou o clube no topo do Mundo. A fome ainda não cessou e ninguém se admiraria se Pinto da Costa deixasse mais alguns troféus no Estádio do Dragão antes de decidir abandonar a presidência portista. Aliás, espantaria mais o contrário, que ficasse em branco até à altura de sair. 28-12-2004Pioneiro português na "Champions"Desde que a Liga dos Campeões deixou para trás a Taça dos Campeões Europeus, nunca um clube português tocara na taça nem com uma unha. Quando muito, pode dizer-se com justiça que outros portugueses, em clubes estrangeiros, a ergueram e nos encheram de alegria, mas a Pinto da Costa, e a todo um grupo que liderou, isso não chegava. Ele que, em 1987, até já atingira o principal título europeu. Em 2004 levou a nova taça da "Champions" para o seu gabinete e guarda-a com todo o carinho. À espera que chegue a próxima? O selo da nova vagaNão se sabia ao certo aquilo que se devia esperar do FC Porto da nova vaga, pós-Mourinho, pós-Deco, pós-Ricardo Carvalho, pós...; mas os adeptos sabiam aquilo que dela queriam esperar: títulos em catadupa, para não quebrar a onda. Pinto da Costa corrigiu a tempo da Supertaça Cândido de Oliveira o fiasco da contratação de Del Neri, substituiu o italiano por Victor Fernandez, e ergueu o troféu com alegria redobrada, após vitória sobre o Benfica, em Coimbra. Nascia mais uma geração de dragões com o selo Pinto da Costa. Campeão orgulhosoHavia quem duvidasse que o FC Porto voltaria a períodos de grande fulgor. Três anos sem ganhar o campeonato depois de cinco sempre à frente assustavam até os adeptos e Pinto da Costa voltou a tomar o pulso ao clube, tornando-o novamente mais presidencialista. Aqui exibe os resultados imediatos: a Taça UEFA, a Taça de Portugal e os dois troféus relativos à vitória na SuperLiga. Teve a ajuda da mente brilhante de Mourinho, mas de quem terá sido a brilhante ideia de ir buscá-lo a Leiria? Só o que faltavaCom os bolsos cheios de vitórias, Pinto da Costa passou a ter por missão juntar-lhes estabilidade financeira, o que conseguiu no fim da temporada 2003/2004, e infra-estruturas de grandeza inquestionável, já que o Estádio das Antas acusava o passar do tempo. O novo recinto, um dos mais belos e funcionais do mundo, acabou por se chamar Estádio do Dragão, apesar das pressões para que tivesse o nome do presidente. A Pinto da Costa nada falta para deixar herança completa ao seu sucessor. A não ser talvez um sucessor.
Em dia de aniversário de Pinto da Costa, O JOGO fez as contas aos títulos conquistados em 22 anos de presidência, que dão eles próprios outros dois recordes ao presidente do FC Porto: o de longevidade e o do número de troféus.Pinto da Costa completa 67 anos de idade e pode orgulhar-se de ser não só de o presidente que mais anos leva à frente de um clube como também o mais ganhador. Já vai em 22 anos e meio como o homem forte dos dragões, período em que conquistou 184 títulos. Impressionante! Mais ainda se dissermos que isso significa mais de oito por ano e mais de um por cada dois meses na presidência. Convém referir que nestas contas foram somados os títulos do futebol em todas as camadas e das várias modalidades amadoras do clube - podem faltar algumas - apenas em seniores. Os primeiros contactos com o futebol aconteceram como guarda-redes, no Colégio das Caldinhas. Pela mão de familiares, começou a assistir aos jogos do FC Porto no Campo da Constituição e há precisamente 51 anos recebia das mãos da avó o cartão de sócio do FC Porto, como prenda de aniversário. Estava oficializada uma ligação que nem o próprio imaginava fosse durar tanto tempo.
Em 1962, assume as funções de seccionista no clube e vinte anos depois é eleito presidente da direcção. Lennart Johansson, presidente da UEFA, chamou-lhe "criador de impérios", no prefácio do livro "Largos dias têm 100 anos". De facto, em duas décadas, o "imperador" Pinto da Costa criou uma verdadeira soberania azul e branca que não só conquistou o país - passar a Ponte da Arrábida era antes um pesadelo - como alargou o prestígio além fronteiras, conquistando o Mundo por duas vezes, a última das quais apenas a 12 de Dezembro em Yokohama, no Japão. É a mais recente conquista sob a sua liderança, se bem que, pela primeira vez, não tenha estado presente. As vitórias no futebol são apenas a face mais mediática da sua presidência. Porém, também as modalidades amadoras e a formação devem o que são hoje a Pinto da Costa. Senão vejamos: antes de assumir a presidência do clube, o FC Porto nunca tinha ganho nada, por exemplo, no hóquei em patins.
Tal como o futebol, leva 13 títulos nacionais em vinte anos, a que se juntam sete além fronteiras, quase todos na década de 80. No andebol, quebrou um jejum de 31 anos sem ganhar o campeonato. Era o título que lhe faltava, conforme relata no seu livro. Se 1987 foi o ano de ouro pela conquista do primeiro título europeu - a que se juntaram a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental -, o que está a terminar é, sem sombra de dúvidas, o melhor de todos em termos desportivos. O FC Porto fez o pleno vencendo os campeonatos de futebol, andebol, basquetebol e hóquei em patins (o que já tinha acontecido em 1998/99), mas também ganhou a Liga dos Campeões e mais uma Taça Intercontinental. Destaques- 184 títulos em 22 anos de presidência, contando só o futebol e as modalidades de referência. Oito por ano e mais de um por cada dois meses - Entre o futebol e o hóquei em patins já conquistou 13 troféus internacionais - Na história do futebol português, não encontra concorrência possível.
Borges Coutinho, presidente do Benfica, ficou-se pelos nove, e António José Ribeiro Ferreira, do Sporting, juntou oito - Antes de chegada à presidência do FC Porto, o hóquei em patins ainda não tinha ganho qualquer título. Já vai em 41 28-12-2004
Bem-vindo ao topo
O presidente da UEFA, Lennart Johansson, parece dar as boas-vindas de regresso aos píncaros europeus a Pinto da Costa. A Taça UEFA marcou o início de um ciclo de vitórias internacionais a que só faltou a Supertaça Europeia e que foi completado com a Liga dos Campeões e a Taça Intercontinental. A figura máxima do futebol no "velho continente" mostra uma estima incomum pelo presidente portista, que compara aos míticos Santiago Bernebéu e Angelo Moratti. Mas Pinto da Costa, diga-se, já conquistou mais títulos do que o espanhol do Real Madrid e o italiano do Inter juntos...E o império cresceu...Jorge Nuno Pinto da Costa festeja hoje 67 anos; está há quase 23 na presidência do FC Porto. Títulos atrás de títulos, nacionais, europeus e mundiais. Lennart Johansson, presidente da UEFA, sabia do que falava quando lhe chamou "criador de impérios" e neste último ano o líder dos dragões tratou de expandir o muito que já fizera. Viu o FC Porto ganhar mais um campeonato nacional - o segundo consecutivo -, uma Supertaça Cândido de Oliveira, uma Liga dos Campeões e, para fechar em beleza, a Taça Intercontinental que recolocou o clube no topo do Mundo. A fome ainda não cessou e ninguém se admiraria se Pinto da Costa deixasse mais alguns troféus no Estádio do Dragão antes de decidir abandonar a presidência portista. Aliás, espantaria mais o contrário, que ficasse em branco até à altura de sair. 28-12-2004Pioneiro português na "Champions"Desde que a Liga dos Campeões deixou para trás a Taça dos Campeões Europeus, nunca um clube português tocara na taça nem com uma unha. Quando muito, pode dizer-se com justiça que outros portugueses, em clubes estrangeiros, a ergueram e nos encheram de alegria, mas a Pinto da Costa, e a todo um grupo que liderou, isso não chegava. Ele que, em 1987, até já atingira o principal título europeu. Em 2004 levou a nova taça da "Champions" para o seu gabinete e guarda-a com todo o carinho. À espera que chegue a próxima? O selo da nova vagaNão se sabia ao certo aquilo que se devia esperar do FC Porto da nova vaga, pós-Mourinho, pós-Deco, pós-Ricardo Carvalho, pós...; mas os adeptos sabiam aquilo que dela queriam esperar: títulos em catadupa, para não quebrar a onda. Pinto da Costa corrigiu a tempo da Supertaça Cândido de Oliveira o fiasco da contratação de Del Neri, substituiu o italiano por Victor Fernandez, e ergueu o troféu com alegria redobrada, após vitória sobre o Benfica, em Coimbra. Nascia mais uma geração de dragões com o selo Pinto da Costa. Campeão orgulhosoHavia quem duvidasse que o FC Porto voltaria a períodos de grande fulgor. Três anos sem ganhar o campeonato depois de cinco sempre à frente assustavam até os adeptos e Pinto da Costa voltou a tomar o pulso ao clube, tornando-o novamente mais presidencialista. Aqui exibe os resultados imediatos: a Taça UEFA, a Taça de Portugal e os dois troféus relativos à vitória na SuperLiga. Teve a ajuda da mente brilhante de Mourinho, mas de quem terá sido a brilhante ideia de ir buscá-lo a Leiria? Só o que faltavaCom os bolsos cheios de vitórias, Pinto da Costa passou a ter por missão juntar-lhes estabilidade financeira, o que conseguiu no fim da temporada 2003/2004, e infra-estruturas de grandeza inquestionável, já que o Estádio das Antas acusava o passar do tempo. O novo recinto, um dos mais belos e funcionais do mundo, acabou por se chamar Estádio do Dragão, apesar das pressões para que tivesse o nome do presidente. A Pinto da Costa nada falta para deixar herança completa ao seu sucessor. A não ser talvez um sucessor.
Sem comentários:
Enviar um comentário