sábado, maio 20, 2006

1-SEMPRE A MESMA HISTÓRIA

FC Porto: Sempre a mesma história
O 14.º campeonato de Pinto da Costa tem pontos em comum com todas as conquistas anteriores. É a reposição de um filme muito visto. Adriaanse não foi o primeiro treinador a ser contestado pelos adeptos nem o último a merecer a bênção do Papa, assim como o desastre europeu desta época lembra a eliminação do recém-chegado Artur Jorge por uma equipa da IV Divisão, o Wrexham. Vítor Baía também foi para o banco com...Mourinho e Jorge Costa, como Fernando Gomes por Ivic, foi declarado ‘finito’ por Adriaanse. O bi-bota foi expulso de um estágio por ‘bocas’, tal como McCarthy no episódio das ‘tranças’. E a situação de Diego é uma reedição do ‘caso’ António Carlos, proscrito por Carlos Alberto Silva. Sem esquecer as ‘etapas de formação’ cumpridas por Futre e Quaresma, dois desalinhados cheios de talento que foram ensinados a fazer a diferença. Episódios de uma saga interminável com um protagonista comum: Pinto da Costa, o presidente que se dá bem com treinadores de personalidade forte.
1984-85: Porta-aviões ao fundo
Na estreia de Artur Jorge, o FC Porto, que no ano anterior chegara à final da Taça das Taças (1-2 com a Juventus), é eliminado na 1.ª eliminatória da mesma competição pelos galeses do Wrexham, da IV Divisão inglesa: 0-1 lá, 4-3 nas Antas. Um desastre europeu semelhante ao vivido por Co Adriaanse, nomeadamente nos jogos com o modesto Artmedia Bratislava – e o Porto era o campeão mundial em título. De resto, o jovem e irreverente Paulo Futre cumpre (sob a vigilância apertada de Octávio Machado) algumas ‘etapas de formação’ a fim de perceber a importância da disciplina. Ricardo Quaresma sofre o mesmo tratamento de Co Adriaanse. Os resultados estão à vista.
1985-86: Vais para casa e já
Fernando Gomes é expulso do estágio no Funchal na véspera do jogo com o Marítimo por motivos disciplinares: terá faltado ao respeito aos superiores hierárquicos à hora (tardia) do jantar. Octávio troca palavras duras com o bi-bota e Artur Jorge não hesita: Gomes é recambiado para o Porto no primeiro avião da manhã seguinte. Benni McCarthy também prevarica num estágio – o tal episódio envolvendo tranças e uma cabeleireira – e Adriaanse não tem contemplações: vais para casa e já.
1987-88: “’Finito’, percebeste?”
Tomislav Ivic rende Artur Jorge e, com o beneplácito de Pinto da Costa, aponta baterias ao líder da velha guarda: “Gomes é ‘finito’”, diz o croata, e o bi-bota, contrariado, adivinha que tem os dias contados nas Antas. Adriaanse chega e faz exactamente o mesmo ao líder Jorge Costa – mostra-lhe com alguma rudeza que o seu tempo no Dragão acabou. O histórico central acaba por emigrar para Liège e evita humilhação semelhante à imposta por Ivic a Gomes na final da Taça de Portugal, com o Guimarães (1-0): convoca o bi-bota e deixa-o no banco.
1989-90: Cemitérios estão cheios deles
Artur Jorge arranca para uma nova era depois de consumada a ‘limpeza de balneário’: Sousa, Jaime Pacheco e Jaime Magalhães saem e novo líder é claramente João Pinto. Pinto da Costa começa a desvalorizar a importância de Gomes no Porto da mesma maneira que lança uma farpa a Jorge Costa por este ter escolhido Jorge Sampaio para lhe prefaciar um livro. Adriaanse, como Artur Jorge, não tem contemplações com os últimos sobreviventes da geração ‘dourada’ – Vítor Baía e Jorge Costa são isolados. Baía resiste... mas passa de herói a suplente. Desta vez, Pinto da Costa engole em seco.
1991-92: Pois, mas se não ganhares...
O frio e distante Carlos Alberto Silva (CAS) não convence os adeptos. A meio da 2.ª volta o Porto perde em Faro e a posição do treinador fica muito tremida. Fala-se mesmo em chicotada. Mas o brasileiro consegue superar a desconfiança, justamente como Co Adriaanse: depois do empate (0-0) em Vila do Conde a continuidade do holandês chega a ser equacionada e o jogo no Restelo é apontado como decisivo. O Porto ganha por 2-0 e Adriaanse segue em frente.
1992-93: Tem pachorra não!
Carlos Alberto Silva tem problemas com o talentoso António Carlos, ex-Vasco da Gama. O homem é bom de bola, ninguém duvida, mas é demasiado inconstante e indisciplinado para os rígidos padrões da casa. Após mais um desaguisado ocorrido num treino, CAS perde a paciência e dispensa António Carlos a meio da época. Adriaanse também não tem paciência para os estados de alma do talentoso (mas inconstante) Diego. Corta o mal pela raiz e deixa de contar com o médio brasileiro.
1994-95: Ao ataaaaaaaaaaque!!!!
Bobby Robson revoluciona de alto a baixo o tipo de jogo do Porto nos últimos anos: eficaz, cínico, esteticamente pouco apelativo. Com o inglês, a equipa passa a jogar futebol-champanhe e cria dezenas de oportunidades por jogo. É uma máquina de fazer golos (84!) e defende muito bem (14 golos sofridos). Adriaanse opera uma revolução ainda maior – a equipa passa a jogar em 3-4-3 com um balanceamento ofensivo espectacular e pontualmente arriscado. Se a produtividade do ataque fica muito aquém do volume de jogo criado, em contrapartida a defesa parece de ferro: 14 golos sofridos.
1995-96: Com a bênção do Papa
Robson descobre que tem um problema de saúde grave e desloca-se constantemente a Londres para ser observado. Mourinho e Inácio asseguram a rectaguarda, Pinto da Costa acompanha e apoia incondicionalmente o treinador numa fase muito delicada. Adriaanse acaba de passar uma provação enorme, com a morte do pai e da mãe no espaço de três dias. Pinto da Costa está a seu lado no funeral (na Holanda) e permite que o treinador se ausente por alguns dias.
1996-97: Vais fazer como eu te digo
António Oliveira tem muitas dúvidas sobre a utilidade do recém-contratado ponta-de-lança brasileiro Mário Jardel e de início aposta em Domingos e Artur. Depois, quando percebe que Jardel é um finalizador excepcional, ‘trabalha’ e apura o jogador no aspecto técnico e táctico, visando enquadrá-lo no futebol fino e requintado da equipa. Adriaanse faz o mesmo com o talentoso mas inconstante Ricardo Quaresma: disciplina-o e formata-lhe o talento à medida dos interesses do colectivo. O ‘ciganito’ explode e, como Jardel, aprende rapidamente a tornar-se o jogador mais influente da equipa.
1997-98: Gosto tanto de inventar
Oliveira gosta de provocar, não cede a sugestões e é teimoso. Com ele há surpresas constantes, poucos titulares certos e muitas apostas de risco – nem sempre bem sucedidas. Os adeptos começam a impacientar-se com as invenções e os ‘golpes de asa’ do treinador, e mantêm com ele uma relação fria e distante, apesar dos êxitos e da superioridade esmagadora da equipa. A pose inicial de Adriaanse, aliada às experiências e surpresas constantes, recolhem ‘feed back’ idêntico no estádio do Dragão: ele e os adeptos não chegam a fazer ‘click’.
1988-99: Três anos também está bem
A missão de Fernando Santos é de levar o FC Porto ao ‘penta’ e Pinto da Costa tem por ele grande estima. Quando o engenheiro vive um episódio desagradável com os adeptos no rescaldo da eliminação da Taça pelo Torrense nas Antas – é apupado e invectivado – o presidente põe-se imediatamente ao lado dele e não admite mais conversa. Santos acaba por ficar três épocas no Porto. Com Adriaanse passa-se o mesmo: o holandês chega a ser emboscado e insultado por arruaceiros e Pinto da Costa salta em sua defesa. O contrato do holandês é prolongado para uma terceira época.
2002-03: Olha, o Vítor no banco
José Mourinho aproveita um desaguisado com Vítor Baía no balneário, em vésperas do dérbi com o Boavista, para enviar uma mensagem fulminante a toda equipa: quem manda ali é ele. Baía, até aí titular indiscutível, vê-se subitamente suplente de Nuno Espírito Santo e passa um mês a ver os jogos do banco. Adriaanse, embora por outras razões – ele acredita firmemente que Helton é o melhor guarda-redes do Porto – também remete Baía para banco. E volta a sentá-lo depois de Vítor ‘eliminar’ o Sporting da Taça.
2003- 04: Onde pára o Benni?
Quando as distracções e folguedos de McCarthy se tornam excessivos, Mourinho, apesar da importância do avançado sul-africano, castiga-o: acabou, não jogas, passamos bem sem ti. E é verdade. O FC Porto continua a ganhar e a marcar sem McCarthy. Quando Mourinho levanta o castigo, Benni joga de raiva e afunda o Manchester United (2-1) no Dragão com dois golos. Com Adriaanse, o ‘exílio’ do problemático McCarthy ainda é mais prolongado... mas os resultados são idênticos – vês, Benni?: não fazes assim tanta falta! Novamente regressado à equipa principal, McCarthy parece mais calmo e responsável. Até ver.
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LUCHO FOI QUEM MAIS DEU PARA O TÍTULO
Quando faltam dois jogos para acabar a Liga, Lucho é o futebolista que encabeça a lista de atletas mais utilizados por Co Adriaanse. O argentino, que não jogou em Penafiel devido a castigo disciplinar, somou 2514 minutos ao cabo de 29 jogos. Além disso, é o melhor marcador da equipa (oito golos). Do actual plantel, refira-se que o terceiro guardião, Paulo Ribeiro, e o lesionado Bruno Moraes ainda não são campeões pois não têm qualquer minuto em campo. Pelo contrário, em França, o emprestado Postiga garantiu um lugar na lista de campeões devido aos dois jogos realizados na 1.ª volta.
-
O ARTISTA DA TAÇA
A jogar de raiva, um dia depois de saber que não iria ao Mundial 2006, na Alemanha, Ricardo Quaresma mostrou ontem porque é considerado, senão o melhor jogador da Liga, pelo menos um dos mais criativos, apesar de não ser um dos eleitos do seleccionador Luiz Felipe Scolari para essa competição. Dará assim o seu contributo aos sub-21, que hoje iniciam a preparação para o Europeu da categoria que decorrerá em Portugal de 23 deste mês a 4 de Junho.Muito disciplinado tacticamente, jogando para o colectivo portista, Quaresma proporcionou alguns dos poucos momentos artísticos do jogo. Em excelente forma física, muito rápido, o médio surgia onde o adversário menos esperava. E sempre muito correcto disciplinarmente. Quase sempre pela direita, com algumas incursões pelo flanco esquerdo, quase sempre em duelos cerrados com Adalto - por vezes também com Janício -, o atleta do FC Porto esteve em quase todos os bons momentos de ataque portista. E aos 40 minutos deu de bandeja a bola para a cabeça de Adriano que marcou o golo da vitória. Este terá sido o momento do jogo: até aí o FC Porto mostrava um incompreensível nervosismo misturado com ansiedade perante um adversário que em contra--ataque, por Carlitos, já havia colocado a bola no poste de Helton. Com o golo, e o regresso para o segundo tempo, o FC Porto tranquilizou-se, apresentou maior dinamismo e rapidez na troca de bola, embrulhado num futebol rectilínio e eficaz que criou mais algumas oportunidades. Adriano, McCarthy, Ibson ou Lucho tiveram o segundo golo nos pés por mais de uma ocasião, mas o fulgor físico já era pouco. Com a saída de Quaresma (69), os campeões da Liga perderam o fio de jogo, ficaram completamente desgarrados e quase poderíamos dizer que por momentos se preocuparam a segurar o resultado.
-
OS GÉNIOS SÃO MESMO FASCINANTES
Um destes dias assisti fascinado a um daqueles documentários magníficos sobre uma corrida espacial, nos anos 60, entre os Estados Unidos e a União Soviética. Foram muitos os inúmeros desafios que os cientistas dos dois lados da cortina de ferro tiveram que ultrapassar para colocar o Homem no espaço. Um pormenor particularmente delicioso tinha a ver com os milhões gastos pelos americanos no desenvolvimento de uma caneta que permitisse aos astronautas tomar notas em condições de gravidade zero, onde as canetas normais não funcionam. Foram realizados testes exaustivos, sob as mais rigorosas medidas de segurança, com as mais diversas e imaginativas soluções até se chegar ao instrumento de escrita perfeito:
-uma esferográfica com tinta sólida, pressurizada com nitrogénio, capaz de escrever em quaisquer condições de gravidade, um verdadeiro triunfo de tecnologia e engenharia.
Os russos, que tiveram que ultrapassar o mesmo problema, usaram um smples e prático LÁPIS. Por vezes, a simplicidade é mesmo o caminho mais curto para o verdadeiro génio.
E é por isso que Paulo Assunção é um jogador genial. Porque tem a inteligência de não se deixar cair na tentação de procurar uma solução complicada para um problema simples, mas também por reconhecer que algumas complicações são a forma mais simples de resolver alguns problemas.
Uma finta de Quaresma, por exemplo, pode ser a forma mais simples de resolver um jogo. Ora, entre a simplicidade de Paulo Assunção e as complicações de Quaresma, não há uma escolha óbvia. São ambos geniais.

1 comentário:

paulo silva disse...

Jorge Nuno Pinto da Costa
Pinto da Costa pertence verdadeiramente ao restrito grupo dos grandes criadores de impérios, ao escasso número de grandes presidentes, juntamente com algumas grandes lendas do futebol das gerações passadas, como Santiago Bernabeu e Angelo Moratti. Lennart Johansson - Presidente da UEFA
Domingo, Maio 07, 2006
FC Porto: Sempre a mesma história
SEMPRE A MESMA HISTÓRIA

O 14.º campeonato de Pinto da Costa tem pontos em comum com todas as conquistas anteriores. É a reposição de um filme muito visto.

Adriaanse não foi o primeiro treinador a ser contestado pelos adeptos nem o último a merecer a bênção do Papa, assim como o desastre europeu desta época lembra a eliminação do recém-chegado Artur Jorge por uma equipa da IV Divisão, o Wrexham. Vítor Baía também foi para o banco com...Mourinho e Jorge Costa, como Fernando Gomes por Ivic, foi declarado ‘finito’ por Adriaanse. O bi-bota foi expulso de um estágio por ‘bocas’, tal como McCarthy no episódio das ‘tranças’. E a situação de Diego é uma reedição do ‘caso’ António Carlos, proscrito por Carlos Alberto Silva. Sem esquecer as ‘etapas de formação’ cumpridas por Futre e Quaresma, dois desalinhados cheios de talento que foram ensinados a fazer a diferença.

Episódios de uma saga interminável com um protagonista comum: Pinto da Costa, o presidente que se dá bem com treinadores de personalidade forte.

1984-85: Porta-aviões ao fundo

Na estreia de Artur Jorge, o FC Porto, que no ano anterior chegara à final da Taça das Taças (1-2 com a Juventus), é eliminado na 1.ª eliminatória da mesma competição pelos galeses do Wrexham, da IV Divisão inglesa: 0-1 lá, 4-3 nas Antas. Um desastre europeu semelhante ao vivido por Co Adriaanse, nomeadamente nos jogos com o modesto Artmedia Bratislava – e o Porto era o campeão mundial em título. De resto, o jovem e irreverente Paulo Futre cumpre (sob a vigilância apertada de Octávio Machado) algumas ‘etapas de formação’ a fim de perceber a importância da disciplina. Ricardo Quaresma sofre o mesmo tratamento de Co Adriaanse. Os resultados estão à vista.

1985-86: Vais para casa e já

Fernando Gomes é expulso do estágio no Funchal na véspera do jogo com o Marítimo por motivos disciplinares: terá faltado ao respeito aos superiores hierárquicos à hora (tardia) do jantar. Octávio troca palavras duras com o bi-bota e Artur Jorge não hesita: Gomes é recambiado para o Porto no primeiro avião da manhã seguinte. Benni McCarthy também prevarica num estágio – o tal episódio envolvendo tranças e uma cabeleireira – e Adriaanse não tem contemplações: vais para casa e já.

1987-88: “’Finito’, percebeste?”

Tomislav Ivic rende Artur Jorge e, com o beneplácito de Pinto da Costa, aponta baterias ao líder da velha guarda: “Gomes é ‘finito’”, diz o croata, e o bi-bota, contrariado, adivinha que tem os dias contados nas Antas. Adriaanse chega e faz exactamente o mesmo ao líder Jorge Costa – mostra-lhe com alguma rudeza que o seu tempo no Dragão acabou. O histórico central acaba por emigrar para Liège e evita humilhação semelhante à imposta por Ivic a Gomes na final da Taça de Portugal, com o Guimarães (1-0): convoca o bi-bota e deixa-o no banco.

1989-90: Cemitérios estão cheios deles

Artur Jorge arranca para uma nova era depois de consumada a ‘limpeza de balneário’: Sousa, Jaime Pacheco e Jaime Magalhães saem e novo líder é claramente João Pinto. Pinto da Costa começa a desvalorizar a importância de Gomes no Porto da mesma maneira que lança uma farpa a Jorge Costa por este ter escolhido Jorge Sampaio para lhe prefaciar um livro. Adriaanse, como Artur Jorge, não tem contemplações com os últimos sobreviventes da geração ‘dourada’ – Vítor Baía e Jorge Costa são isolados. Baía resiste... mas passa de herói a suplente. Desta vez, Pinto da Costa engole em seco.

1991-92: Pois, mas se não ganhares...

O frio e distante Carlos Alberto Silva (CAS) não convence os adeptos. A meio da 2.ª volta o Porto perde em Faro e a posição do treinador fica muito tremida. Fala-se mesmo em chicotada. Mas o brasileiro consegue superar a desconfiança, justamente como Co Adriaanse: depois do empate (0-0) em Vila do Conde a continuidade do holandês chega a ser equacionada e o jogo no Restelo é apontado como decisivo. O Porto ganha por 2-0 e Adriaanse segue em frente.

1992-93: Tem pachorra não!

Carlos Alberto Silva tem problemas com o talentoso António Carlos, ex-Vasco da Gama. O homem é bom de bola, ninguém duvida, mas é demasiado inconstante e indisciplinado para os rígidos padrões da casa. Após mais um desaguisado ocorrido num treino, CAS perde a paciência e dispensa António Carlos a meio da época. Adriaanse também não tem paciência para os estados de alma do talentoso (mas inconstante) Diego. Corta o mal pela raiz e deixa de contar com o médio brasileiro.

1994-95: Ao ataaaaaaaaaaque!!!!

Bobby Robson revoluciona de alto a baixo o tipo de jogo do Porto nos últimos anos: eficaz, cínico, esteticamente pouco apelativo. Com o inglês, a equipa passa a jogar futebol-champanhe e cria dezenas de oportunidades por jogo. É uma máquina de fazer golos (84!) e defende muito bem (14 golos sofridos). Adriaanse opera uma revolução ainda maior – a equipa passa a jogar em 3-4-3 com um balanceamento ofensivo espectacular e pontualmente arriscado. Se a produtividade do ataque fica muito aquém do volume de jogo criado, em contrapartida a defesa parece de ferro: 14 golos sofridos.

1995-96: Com a bênção do Papa

Robson descobre que tem um problema de saúde grave e desloca-se constantemente a Londres para ser observado. Mourinho e Inácio asseguram a rectaguarda, Pinto da Costa acompanha e apoia incondicionalmente o treinador numa fase muito delicada. Adriaanse acaba de passar uma provação enorme, com a morte do pai e da mãe no espaço de três dias. Pinto da Costa está a seu lado no funeral (na Holanda) e permite que o treinador se ausente por alguns dias.

1996-97: Vais fazer como eu te digo

António Oliveira tem muitas dúvidas sobre a utilidade do recém-contratado ponta-de-lança brasileiro Mário Jardel e de início aposta em Domingos e Artur. Depois, quando percebe que Jardel é um finalizador excepcional, ‘trabalha’ e apura o jogador no aspecto técnico e táctico, visando enquadrá-lo no futebol fino e requintado da equipa. Adriaanse faz o mesmo com o talentoso mas inconstante Ricardo Quaresma: disciplina-o e formata-lhe o talento à medida dos interesses do colectivo. O ‘ciganito’ explode e, como Jardel, aprende rapidamente a tornar-se o jogador mais influente da equipa.

1997-98: Gosto tanto de inventar

Oliveira gosta de provocar, não cede a sugestões e é teimoso. Com ele há surpresas constantes, poucos titulares certos e muitas apostas de risco – nem sempre bem sucedidas. Os adeptos começam a impacientar-se com as invenções e os ‘golpes de asa’ do treinador, e mantêm com ele uma relação fria e distante, apesar dos êxitos e da superioridade esmagadora da equipa. A pose inicial de Adriaanse, aliada às experiências e surpresas constantes, recolhem ‘feed back’ idêntico no estádio do Dragão: ele e os adeptos não chegam a fazer ‘click’.

1988-99: Três anos também está bem

A missão de Fernando Santos é de levar o FC Porto ao ‘penta’ e Pinto da Costa tem por ele grande estima. Quando o engenheiro vive um episódio desagradável com os adeptos no rescaldo da eliminação da Taça pelo Torrense nas Antas – é apupado e invectivado – o presidente põe-se imediatamente ao lado dele e não admite mais conversa. Santos acaba por ficar três épocas no Porto. Com Adriaanse passa-se o mesmo: o holandês chega a ser emboscado e insultado por arruaceiros e Pinto da Costa salta em sua defesa. O contrato do holandês é prolongado para uma terceira época.

2002-03: Olha, o Vítor no banco

José Mourinho aproveita um desaguisado com Vítor Baía no balneário, em vésperas do dérbi com o Boavista, para enviar uma mensagem fulminante a toda equipa: quem manda ali é ele. Baía, até aí titular indiscutível, vê-se subitamente suplente de Nuno Espírito Santo e passa um mês a ver os jogos do banco. Adriaanse, embora por outras razões – ele acredita firmemente que Helton é o melhor guarda-redes do Porto – também remete Baía para banco. E volta a sentá-lo depois de Vítor ‘eliminar’ o Sporting da Taça.

2003- 04: Onde pára o Benni?

Quando as distracções e folguedos de McCarthy se tornam excessivos, Mourinho, apesar da importância do avançado sul-africano, castiga-o: acabou, não jogas, passamos bem sem ti. E é verdade. O FC Porto continua a ganhar e a marcar sem McCarthy. Quando Mourinho levanta o castigo, Benni joga de raiva e afunda o Manchester United (2-1) no Dragão com dois golos. Com Adriaanse, o ‘exílio’ do problemático McCarthy ainda é mais prolongado... mas os resultados são idênticos – vês, Benni?: não fazes assim tanta falta! Novamente regressado à equipa principal, McCarthy parece mais calmo e responsável. Até ver.

LUCHO FOI QUEM MAIS DEU PARA O TÍTULO

Quando faltam dois jogos para acabar a Liga, Lucho é o futebolista que encabeça a lista de atletas mais utilizados por Co Adriaanse. O argentino, que não jogou em Penafiel devido a castigo disciplinar, somou 2514 minutos ao cabo de 29 jogos. Além disso, é o melhor marcador da equipa (oito golos).

Do actual plantel, refira-se que o terceiro guardião, Paulo Ribeiro, e o lesionado Bruno Moraes ainda não são campeões pois não têm qualquer minuto em campo. Pelo contrário, em França, o emprestado Postiga garantiu um lugar na lista de campeões devido aos dois jogos realizados na 1.ª volta.
Correio da Manhã Manuel Queiroz/André Pipa
posted by Alvaro at 9:29 AM

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