quarta-feira, maio 24, 2006

10-BAIXAR SALÁRIOS PARA MORALIZAR O FUTEBOL

Futebol
Baixar salários para moralizar o futebol Estatuto de excepção do futebol obriga a redefinir as regras Baixar os salários astronómicos auferidos pelas estrelas do futebol europeu, limitando-os a uma percentagem máxima das receitas dos clubes, é uma possibilidade admitida no relatório sobre a reforma do universo do futebol que o ex-ministro do Desporto português José Luís Arnaut ontem entregou à Comissão Europeia, em Bruxelas.O relatório surge na sequência de uma iniciativa da ex-presidência britânica da União Europeia, inscrevendo-se no contexto de uma certa moralização do futebol, que não escapa a fenómenos de corrupção e de crime organizado.Nele se faz apelo a uma maior transparência das regras que regulam esta indústria - em matéria de financiamento e propriedade dos clubes, de regulação da actividade dos agentes, de quotas de jogadores não detentores da cidadania europeia - ou, ainda, no que respeita ao seu papel social enquanto veículo de inclusão social e de promoção de estilos de vida mais sãos. Como contrapartida de um eventual estatuto de excepção para o futebol, o relator propõe regras mais estritas para limitar o poder dos clubes mais ricos e o número de atletas de países terceiros que aqueles podem ir buscar. Preconiza também regras mais apertadas para os proprietários dos clubes bem como uma estrutura pan-europeia encarregada de velar pela "boa governança" do sector.Tudo em prol de uma concorrência mais sã entre clubes ricos e pobres.

9-HERÓIS





















































terça-feira, maio 23, 2006

8-MOMENTO MAIS ALTO DA HISTÓRIA DO FC PORTO

O momento mais alto da história do FC Porto foi a vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus na época de 1986-87. O FC Porto teve um percurso quase perfeito até à final. O jogo decisivo disputou-se frente ao Bayern de Munique. Ninguém ousava vaticinar o triunfo dos portistas, mas na noite de 27 de Maio as estrelas foram Futre, Madjer - autor de um portentoso golo de calcanhar, e Juary, autor do golo da vitória. Acaba por ser quase uma injustiça fazer destaques individuais, tal era a categoria da equipa, porventura a última equipa de nível mundial que Portugal produziu. Começaram melhor os Germânicos, chegando ao golo numa jogada fortuita, finalizada por Koegl. Os Dragões não conseguiam desfarçar algum nervosismo, e Rummenige teve nos pés a hipótese do 2º golo.
O intervalo foi bom conselheiro...o treinador Artur Jorge conseguiu incutir os jogadores a coragem e a confiança suficientes para darem a volta ao resultado. O FC Porto fez uma grande 2ª parte, vulgarizando completamente o Bayern. Futre quase empata, numa jogada digna de Diego Armando Maradona. A 10 minutos do final, Madjer marcou um dos mais belos golos de sempre da história de competição, de calcanhar, empatando o jogo. Dois minutos depois, o mesmo Madjer cruza para novo golo do FC Porto, apontado por Juary. Até final, os Dragões dominaram completamente o jogo, tendo tido oportunidades para dilatar o marcador.
FICHA DO JOGO
Futebol Clube do Porto 2 - 1 Bayern Munich
Viena - 27 Maio 1987
Madjer
Juary

Taça intercontinental 1987 : FC Porto / Penarol

13 de Dezembro 1987 : Depois de conquistar brilhantemente a Taça dos Clubes Campeões Europeus, o FC Porto venceu o Penarol Montevideo, campeão sul-americano e tornou-se Campeão Mundial dos Clubes [ fc porto 2 : penarol : 1 ]. Os golos foram apontados por Fernando Gomes e Madjer.

domingo, maio 21, 2006

7-CONQUISTAS HISTÓRICAS

Champions League:
1987 FC Porto-Bayern Munchen 2-1
2004 FC Porto-Mónaco 3-0

Taça UEFA:2003FC Porto-Celtic Glasgow 3-2

Taça Intercontinental/Toyota Cup:

1987 FC Porto-Penarol Montevideo 2-1
2004 FC Porto-Once Caldas 0-0 (8-7 g.p.)

Supertaça Europeia:

1988 FC Porto-Ajax 1-0 (1-0)
Finalista em 2003 FC Porto-AC Milão 0-1
Finalista em 2004 FC Porto-Valência 1-2

Taça das Taças:

Finalista em 1984 FC Porto-Juventus 1-2

6-FOTOS AZUIS

























sábado, maio 20, 2006

5-PAULO SILVA ESCREVE UMA LÓGICA

Prisão Social
Apanhando a linha de chamada do item anterior, gostaria de descrever aqui algo que por vezes me dá dor de cabeça e náuseas.Quando chego à conclusão que não somos livres. Temos sempre algo que nos limita a nossa liberdade.Se queremos comprar comida, temos de trabalhar para ganhar dinheiro. Dinheiro esse que motiva sempre uma ganância por mais, para comprar aquele produto especial que desejamos com completa luxúria. Se queremos compra-lo pedimos empréstimos bancários, ou cartões de crédito, por exemplo.Se o fazemos depois temos de devolver o dinheiro, mas entretanto há mais algo que desejamos e mais crédito é passado.Enfim, ao fim de um tempo estaremos completamente presos a uma vida sedentária e monótona. Vivemos para pagar algo que por vezes já nem possuímos.
Vamos aqui tomar outro rumo:Agora em vez de trabalhar vou assaltar um banco, depois meto-me em negociatas de drogas, tráfico de carne branca e escravatura. Pelo meio, faço uns negociozitos em tráfico de armas e produtos químico-biológicos.Faço uns biscates como assassino profissional e posso fazer uns videos de sado-masoquismo.
No fim, estarei podre de rico e passarei a ser uma pessoa respeitável do jet set. Terei todo o luxo e mordomias que eu quiser. E não terei uma vida de rotina nem monótona.
É, acho que errei na profissão. Mas ainda estou em possibilidade de mudar....

4-HÁ ALGO PODRE NO REINO

Há algo pôdre no Reino
Vi hoje uma notícia que refere que os norte-americanos, encontraram armas de destruição massiva num quartel perto de Washington, de um programa militar que possuiam na época da Guerra Fria.Seria no mínimo irónico que o maior "defensor da liberdade mundial" viesse a ser vitima das suas próprias armas.
Depois de uma guerra insana no Iraque, em que vitimaram milhares de pessoas porque DIZIAM que o Saddham tinha armas biológicas, vemos agora que perdidas em algumas zonas do próprio território americano, existem vestigios de armas dessa natureza. No Iraque até agora não foi encontrada uma pista sequer de armas de destruição massiva.
Mas quem vai agora pedir contas aos EUA? A sua arrogância e prepotência não têm limites. Como podem EXIGIR que os Países eliminem o seu armamento se eles próprios o possuem em maior número?Há uns anos atrás, não posso precisar se seria o presidente Truman, foi referido em conferência de imprensa para o País que os EUA poderiam conquistar o mundo se quisessem.Que só não o tinham feito porque optaram por não o fazer.
Revejo agora nos olhos e na soberba do actual presidente, George W. Bush, a mesma luz de demência que demonstrava o antigo presidente de uma potência que me mete mais medo que qualquer país do Medio Oriente.

3-O FC PORTO

O Futebol Clube do Porto - (FCP) é o clube desportivo português mais representativo da cidade do Porto. Em diversos desportos, e essencialmente em futebol, o FCP tem acumulado diversos sucessos. Designadamente, o FCP foi a última equipa a vencer a Taça Intercontinental, competição que deu lugar em 2005 ao Mundial de Clubes, venceu por duas vezes a Liga dos Campeões Europeus, diversos campeonatos nacionais, etc. Os adeptos do clube são chamados Portistas, Tripeiros ou Andrades.

História do Clube
Génese-1950
O FC Porto foi fundado no dia 28 de Setembro de 1893 por António Nicolau de Almeida, um comerciante de vinho do Porto, que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra. No entanto, o futebol haveria de ficar suspenso até 1906, quando José Monteiro da Costa decidiu dar novo impulso ao clube. Para além do futebol, que usava o campo da Rainha para disputar os seus jogos, começaram a ser praticadas outras modalidades tais como o Ténis, Atletismo, Boxe, Halterofilismo e Natação. Um ano mais tarde, começava a funcionar a primeira sede.
Em 1910 é criado o primeiro emblema do clube, tendo-se assistido a um crescimento progressivo do clube, o que obrigou a mudar as suas instalações desportivas, para o Campo da Constituição, na zona da Praça do Marquês. O FC Porto, era também a força dominante do futebol na zona norte, tendo vencido os campeonators regionais disputados antes da criação dos campeonatos nacionais como hoje os conhecemos.
Em 1928, o FC Porto teve o seu primeiro atleta olímpico, Valdemar Mota, que representou a selecção nacional de futebol nos Jogos Olímpicos.
O FC Porto venceu o "Campeonato de Portugal" (prova antecessora da Taça de Portugal) por 4 vezes (22/23, 24/25, 31/32 e 36/37). Pelo meio vence um "Campeonato da 1.ª Liga", em 1935. Em 1933 a sede do clube passa para a actual Praça General Humberto Delgado. Nos finais da década de 1930, o FC Porto alcança o seu primeiro «bi» (duas vitórias consecutivas), nas duas primeiras edições do Campeonato Nacional. A maior estrela na altura era Pinga.
Em 1945, o clube começa a utilizar o Estádio do Lima, propriedade do Académico do Porto. Os anos 40 foram de um domínio avassalador dos clubes de Lisboa, pelo que o clube ficou arredado dos títulos. No entanto, houve momentos gloriosos como a vitória sobre o Arsenal FC de Londres, em 1948 por 3-2. Os Ingleses eram então considerados a melhor equipa do mundo. Apesar de ter sido apenas um amigável, sócios e notáveis ofereceram um troféu de dimensões consideráveis ao clube, ainda hoje em destaque no museu do clube.
Em 1949 é lançada a 1ª pedra do novo Estádio das Antas, inaugurado a 28 de Maio de 1952, quase três anos após o início das obras.

1950-1980
Os títulos nacionais voltam em 1956, com a conquista da primeira «dobradinha» (vitória no Campeonato e na Taça, na mesma época). É também em 1956, que o FC Porto participa também pela 1.ª vez nas competições Europeias, frente ao Athletic Bilbao, de Espanha. Enquanto os clubes de Lisboa, conseguiam as suas vitórias europeias e dominavam o futebol nacional, na década de 1960, o FC Porto apenas consegue conquistar uma Taça de Portugal, em 1968.
A vitória seguinte na Taça, aconteceria em 76/77. Foi conquistado um novo «bi» (77/78 e 78/79), com uma grande equipa onde brilhavam António Oliveira, Gomes, Seninho, Duda, Frasco, Costa e tantos outros. Jogadores extraordinários, superiormente orientados por José Maria Pedroto, afectuosamente tratado como o Zé do Boné. Muita da imagem "guerreira" e de nunca virar a cara às dificuldades, que caracterizam o jogador ideal para os adeptos portistas foi moldada por Pedroto, bem como a faceta anti-centralista e directa do clube.
1980-2005
Em 1981, o FC Porto venceria a sua 1ª Supertaça. Uma das principais estrelas do clube nesta fase era Fernando Gomes, que conquistou o título de melhor marcador Europeu, façanha que repetiria em 1986. Foi neste período que Pinto da Costa, foi eleito como presidente do clube, mantendo-se no cargo por mais de 20 anos.
O FC Porto começou igualmente a acumular títulos noutras modalidades, nomeadamente com um «bi» na Taça das Taças de hóquei em patins, tendo ganho a principal competição em 1986. Por essa altura, o clube também crescia como instituição, tendo começado a publicar a revista a cores Dragões, de periodicidade mensal e cariz único: era a única revista em Portugal editada por um clube, e uma das poucas existentes na Europa.
Em 1984 disputa a sua 1.ª final Europeia, perdida em Basileia, frente à Juventus de Itália. Seria em 1987, orirntado por Artur Jorge, que o FC Porto iria vencer a sua primeira competição europeia, tendo derrotado o Bayern Munique, na final da então Taça dos Campeões, numa final marcada por um golo de Madjer, ainda referido quando um jogador consegue marcar com o calcanhar. Aqui se iniciou um ciclo importante, com a conquista da Taça Intercontinental frente ao Peñarol de Montevideo, na chamada "Final Branca", com temperaturas negativas e um manto de neve que em algumas partes do relvado chegou ao 20cm, e também da Supertaça Europeia frente ao Ajax de Amesterdão, já sob o comando do Croata Tomislav Ivic.
Em 1997, o FC Porto consegue o seu primeiro «tri» do seu historial. Depois de 2 títulos sob o comando de Bobby Robson, cabe a António Oliveira manter o ritmo vitorioso. Depois do «tri» veio o «tetra». Já sob o comando de Fernando Santos, o FC Porto conquista um quinto título consecutivo. Numa equipa liderada por jogadores como Zahovic e Drulovic, Jardel destacou-se sendo o melhor marcador da Europa em 1999, juntando-se a Fernando Gomes na galeria dos vencedores do importante troféu.
Os dois anos seguintes, foram marcados por derrotas tangenciais no campeonato: perdia o hexacampeonato na época 1999-2000, na última jornada para o Sporting e para o Boavista na época seguinte, a uma jornada do fim (tendo terminado a um ponto, após derrotar os axadrezados por 4-0 no jogo que encerrou o campeonato). A época seguinte revelou-se, no entanto, desastrosa, e já em Dezembro as hipóteses de revalidadar o titulo eram remotas. Com os níveis de contestação a Pinto da Costa, mais altos que nunca e perante a perspectiva de falhar um lugar que desse acesso à Liga dos Campeões, José Mourinho é recrutado à União de Leiria. Do 5.º lugar, o Porto ainda consegue recuperar para o 3.º que lhe deu acesso à Taça UEFA.
Entretanto, em 2001 começou a ser construído um novo estádio, que seria o palco do jogo de abertura do Euro 2004, organizado em Portugal. Já em 2002, o clube inaugurou o seu centro de estágios em Vila Nova de Gaia, considerado por muitos um dos mais modernos da Europa.
Com Mourinho, e uma equipa desenhada por si que incluiu diversos jogadores contratados a equipas como o Vitória Setúbal e o União de Leiria, e após reconquistar o campeonato nacional, o FC Porto venceu a Taça UEFA frente ao Celtic, numa final decidida apenas na segunda parte do prolongamento, em que Derlei marca o 3-2 a escassos minutos do fim e a Taça de Portugal vencendo o União de Leiria, antiga equipa de Mourinho. Posteriormente falhou a conquista da Supertaça Europeia, perdendo ante o campeão europeu (AC Milan) por 0-1.
Em Novembro de 2003, o FC Porto inaugurou o seu novo estádio, o Estádio do Dragão. Apesar da estreia, problemas no relvado ditaram que o estádio das Antas, continuaria a ser utilizado durante os primeiros meses de 2004. No primeiro jogo europeu, o FC Porto recebeu e derrotou o Manchester United por 2-1, na caminhada para o título que terminou com vitória por três golos sem resposta em Gelsenkirschen frente ao AS Mónaco, em que marcaram Carlos Alberto, Deco e Dmitri Alenichev.
Mas a época a seguir à conquista da Liga dos Campeões foi desastrosa devido à saída de José Mourinho e de jogadores influentes como Deco (FC Barcelona), Ricardo Carvalho (Chelsea), Dmitri Alenichev (Spartak de Moscovo) e Paulo Ferreira (Chelsea), a algumas contratações falhadas como Luis Fabiano, Hugo Leal e Areias e uma época com 3 treinadores de estilos diferentes (Luigi Del Neri, Victor Fernandez e José Couceiro), mas no entanto conseguiu terminar a época no 2º lugar e vencer a Supertaça Portuguesa, no estádio Municipal de Coimbra, derrotando os rivais do Benfica por 1-0, golo de Ricardo Quaresma.
Como vencedores da Liga dos Campeões, o FC Porto representou a UEFA na Taça Intercontinental, disputada em Dezembro de 2004, no estádio que recebeu a final do Mundial de 2002, em Yokohama, Japão. Frente ao vencedor da Copa Libertadores, o Once Caldas da Colômbia, foi preciso um desempate nas grandes penalidades (8-7) para conquistar o troféu. A boa campanha europeia do ano de 2004 terminou com a perca da Supertaça Europeia pelo segundo ano consecutivo, frente ao Valência, por 2-1, no Stade Louis II, no principado do Mónaco e a chegada aos Oitavos de Final da Liga dos Campeões sendo eliminados pelo Inter de Milão com 1-1 em casa e 3-1 fora.
Jogadores famosos
Valdemar Mota, Acácio Mesquita, Mihaly Siska, Pinga, António Araújo, Vergílio, Pedroto, Hernâni, Teófilo Cubillas, Pavão, Custódio Pinto, Seninho, Duda, Frasco, Fernando Gomes, João Pinto, Mlynarczyk, Augusto Inácio, André, Jaime Magalhães, Madjer, Paulo Futre, Juary, Branco, Geraldão, Fernando Couto, Paulinho Santos, Rui Barros, Domingos, Kostadinov, Ljubinko Drulovic, Aloísio, Nuno Capucho, Sérgio Conceição, Mário Jardel, Jorge Costa, Deco, Jorge Andrade, Paredes, Vítor Baía, Dmitri Alenichev, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Costinha, Maniche, Derlei, Benni McCarthy, Pedro Emanuel, Giourkas Seitaridis, Diego, Pepe, Ricardo Quaresma, Lucho González.

Presidentes
Presidentes desde 1893: Nicolau d' Almeida, Monteiro da Costa, Dumond Villares, Carmo Pacheco, Borges de Avelar, Henrique da Mesquita, Pinto de Faria, Neves Reis, Urgel Horta, Carlos Costa, Angelo César, Ferreira Alves, Júlio Ribeiro, César Bonito, Paulo Pombo, Nascimento Cordeiro, Pinto Magalhães, Américo de Sá, Pinto da Costa.
Treinadores
Pinto Basto, Adolphe Cassaigne, Akos Teszler, Joseph Szabo, François Gutskas, Miguel Siska, Augusto Silva, Gencsi, Cândido de Oliveira, Fernando Vaz, Dorival Yustrich, Otto Bumbel, Fernando Daucik, Otto Vieira, Pedroto, Jamos Kalmar, Otto Glória, Flávio Costa, Pedroto, Tommy Doc, Fernando Riera, Bella Guttmann, Pedroto, Herman Stessl, Pedroto, António Morais, Artur Jorge, Tomislav Ivic, Quinito, Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Bobby Robson, António Oliveira, Fernando Santos, Octávio Machado, José Mourinho, Luigi del Neri, Victor Fernandez, José Couceiro, Co Adriaanse.

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PAlMARÉS
Taça dos Campeões/Liga dos Campeões: 2
1986/87
Final: FC Porto 2 - 1 Bayern Munich (Viena, Áustria)
golos de Madjer, Juary; Kogl
2003/04
Final: FC Porto 3 - 0 AS Monaco FC (Arena AufSchalke, Gelsenkirchen, Alemanha)
golos de Carlos Alberto, Deco, Dmitri Alenichev
Supertaça Europeia: 1
1986/87
AFC Ajax 0 - 1 FC Porto, golo de Rui Barros
FC Porto 1 - 0 AFC Ajax, golo de Sousa
2003
AC Milan 1 - FC Porto 0 (Mónaco), golo de Shevchenko
2004
FC Porto 1 - 2 Valencia CF, (Mónaco), golos de Quaresma; Baraja, Di Vaio
Taça Intercontinental: 2
1987
FC Porto 2 - 1 Peñarol (ap)
golos de Gomes, Madjer; Viera
2004
FC Porto 0 - 0 Once Caldas (8-7 após grandes penalidades)
Taça UEFA: 1
2002/03
Final: FC Porto 3 - 2 Celtic FC (aet) (Sevilha, Espanha)
golos de Derlei (2), Dmitri Alenichev; Henrik Larsson (2)
Taça das Taças: 0
1983/84
Final: FC Porto 1 - 2 Juventus (Basileia, Suiça)
golos de Sousa; Vignola, Boniek
Campeonato de Portugal: 4
1921/22; 1924/25; 1931/32; 1936/37
Campeonato da 1ª Liga: 1
1934/35
Campeonato Nacional: 21
1938/39; 1939/40; 1955/56; 1958/59; 1977/78; 1978/79; 1984/85; 1985/86; 1987/88; 1989/90; 1991/92; 1992/93; 1994/95; 1995/96; 1996/97; 1997/98; 1998/99; 2002/03, 2003/04; 2005/06
Taça de Portugal: 13
1955/56; 1957/58; 1967/68; 1976/77; 1983/84; 1987/88; 1990/91; 1993/94; 1997/98; 1999/00; 2000/01; 2002/03; 2005/06
Supertaça Cândido de Oliveira: 14
1980/81; 1982/83; 1983/84; 1985/86; 1989/90; 1990/91; 1992/93; 1993/94; 1995/96; 1997/98; 1998/99; 2000/01; 2002/03; 2003/04.

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Outros troféus
Torneio Juan Gamper - Barcelona, Espanha
1987
FC Porto 2 - 1 FC Barcelona
FC Porto 2 - 0 Bayern Munique
Torneio de Viareggio - Viareggio, Itália
1989
FC Porto 1 - 1 Inter Milão
FC Porto 1 - 1 Fiorentina (vitória do FC Porto em grandes penalidades)
Troféu Teresa Herrera - Corunha, Espanha
1991
FC Porto 2 - 1 Real Madrid
FC Porto 1 - 0 Deportivo De La Coruña
Torneio Cidade de Sevilha - Sevilha, Espanha
1992
FC Porto 2 - 0 Sevilla FC
FC Porto 2 - 2 Atlético de Madrid
FC Porto 2 - 0 Bétis(Final)
Torneio do Centenário - Porto, Portugal
1993
FC Porto 3 - 1 Cruzeiro
Thailand Premier Cup - Banguecoque, Tailândia
1997
FC Porto 2 - 1 Inter Milão
FC Porto 4 - 2 Boca Juniors (após grandes penalidades)

2-PINTO DA COSTA

Jorge Nuno Pinto da Costa

Pinto da Costa pertence verdadeiramente ao restrito grupo dos grandes criadores de impérios, ao escasso número de grandes presidentes, juntamente com algumas grandes lendas do futebol das gerações passadas, como Santiago Bernabeu e Angelo Moratti. Lennart Johansson - Presidente da UEFA

Titulos honorificos
-Presidente Honorário do FC Porto - 14/0685
- Sócio Honorário do Fc Porto - 9/11/79
- Medalha de Mérito Desportivo - 05/1987
- Medalha de Ouro da Cidade do Porto - 24/06/87
- Medalha de Mérito da associação de Futebol do Porto
- Presidente Honorério dos Dragões de Lisboa
- Sócio Honorário do FC Porto de Toronto
- Sócio Honorário do FC Porto de Luxemburgo
- Sócio Honorário do FC Porto de Bragança
- Sócio Honorário dos Dragões de Vale de Cambra
- Sócio Honorário do FC Cabinda
- Sócio Honorário do FC Porto de Caracas
- Sócio Honorário do FC Infesta

Currículo Desportivo
-Director do FC Porto desde 1965
- Director do departamento de Futebol desde 1976 a 1980
- Presidente do FC Porto desde 1982
- Presidente do Conselho de Administração da FC Porto, Futebol, SAD desde 1997
- Presidente da Liga de Clubes de Futebol Profissional em 1995/96
- Membro da Assembleia Delegada do FC Porto de 1973 a 1975
- Quanto a titulos conquistados basta ver os titulos a partir de 1982 e . . . deliciar-se.

1-SEMPRE A MESMA HISTÓRIA

FC Porto: Sempre a mesma história
O 14.º campeonato de Pinto da Costa tem pontos em comum com todas as conquistas anteriores. É a reposição de um filme muito visto. Adriaanse não foi o primeiro treinador a ser contestado pelos adeptos nem o último a merecer a bênção do Papa, assim como o desastre europeu desta época lembra a eliminação do recém-chegado Artur Jorge por uma equipa da IV Divisão, o Wrexham. Vítor Baía também foi para o banco com...Mourinho e Jorge Costa, como Fernando Gomes por Ivic, foi declarado ‘finito’ por Adriaanse. O bi-bota foi expulso de um estágio por ‘bocas’, tal como McCarthy no episódio das ‘tranças’. E a situação de Diego é uma reedição do ‘caso’ António Carlos, proscrito por Carlos Alberto Silva. Sem esquecer as ‘etapas de formação’ cumpridas por Futre e Quaresma, dois desalinhados cheios de talento que foram ensinados a fazer a diferença. Episódios de uma saga interminável com um protagonista comum: Pinto da Costa, o presidente que se dá bem com treinadores de personalidade forte.
1984-85: Porta-aviões ao fundo
Na estreia de Artur Jorge, o FC Porto, que no ano anterior chegara à final da Taça das Taças (1-2 com a Juventus), é eliminado na 1.ª eliminatória da mesma competição pelos galeses do Wrexham, da IV Divisão inglesa: 0-1 lá, 4-3 nas Antas. Um desastre europeu semelhante ao vivido por Co Adriaanse, nomeadamente nos jogos com o modesto Artmedia Bratislava – e o Porto era o campeão mundial em título. De resto, o jovem e irreverente Paulo Futre cumpre (sob a vigilância apertada de Octávio Machado) algumas ‘etapas de formação’ a fim de perceber a importância da disciplina. Ricardo Quaresma sofre o mesmo tratamento de Co Adriaanse. Os resultados estão à vista.
1985-86: Vais para casa e já
Fernando Gomes é expulso do estágio no Funchal na véspera do jogo com o Marítimo por motivos disciplinares: terá faltado ao respeito aos superiores hierárquicos à hora (tardia) do jantar. Octávio troca palavras duras com o bi-bota e Artur Jorge não hesita: Gomes é recambiado para o Porto no primeiro avião da manhã seguinte. Benni McCarthy também prevarica num estágio – o tal episódio envolvendo tranças e uma cabeleireira – e Adriaanse não tem contemplações: vais para casa e já.
1987-88: “’Finito’, percebeste?”
Tomislav Ivic rende Artur Jorge e, com o beneplácito de Pinto da Costa, aponta baterias ao líder da velha guarda: “Gomes é ‘finito’”, diz o croata, e o bi-bota, contrariado, adivinha que tem os dias contados nas Antas. Adriaanse chega e faz exactamente o mesmo ao líder Jorge Costa – mostra-lhe com alguma rudeza que o seu tempo no Dragão acabou. O histórico central acaba por emigrar para Liège e evita humilhação semelhante à imposta por Ivic a Gomes na final da Taça de Portugal, com o Guimarães (1-0): convoca o bi-bota e deixa-o no banco.
1989-90: Cemitérios estão cheios deles
Artur Jorge arranca para uma nova era depois de consumada a ‘limpeza de balneário’: Sousa, Jaime Pacheco e Jaime Magalhães saem e novo líder é claramente João Pinto. Pinto da Costa começa a desvalorizar a importância de Gomes no Porto da mesma maneira que lança uma farpa a Jorge Costa por este ter escolhido Jorge Sampaio para lhe prefaciar um livro. Adriaanse, como Artur Jorge, não tem contemplações com os últimos sobreviventes da geração ‘dourada’ – Vítor Baía e Jorge Costa são isolados. Baía resiste... mas passa de herói a suplente. Desta vez, Pinto da Costa engole em seco.
1991-92: Pois, mas se não ganhares...
O frio e distante Carlos Alberto Silva (CAS) não convence os adeptos. A meio da 2.ª volta o Porto perde em Faro e a posição do treinador fica muito tremida. Fala-se mesmo em chicotada. Mas o brasileiro consegue superar a desconfiança, justamente como Co Adriaanse: depois do empate (0-0) em Vila do Conde a continuidade do holandês chega a ser equacionada e o jogo no Restelo é apontado como decisivo. O Porto ganha por 2-0 e Adriaanse segue em frente.
1992-93: Tem pachorra não!
Carlos Alberto Silva tem problemas com o talentoso António Carlos, ex-Vasco da Gama. O homem é bom de bola, ninguém duvida, mas é demasiado inconstante e indisciplinado para os rígidos padrões da casa. Após mais um desaguisado ocorrido num treino, CAS perde a paciência e dispensa António Carlos a meio da época. Adriaanse também não tem paciência para os estados de alma do talentoso (mas inconstante) Diego. Corta o mal pela raiz e deixa de contar com o médio brasileiro.
1994-95: Ao ataaaaaaaaaaque!!!!
Bobby Robson revoluciona de alto a baixo o tipo de jogo do Porto nos últimos anos: eficaz, cínico, esteticamente pouco apelativo. Com o inglês, a equipa passa a jogar futebol-champanhe e cria dezenas de oportunidades por jogo. É uma máquina de fazer golos (84!) e defende muito bem (14 golos sofridos). Adriaanse opera uma revolução ainda maior – a equipa passa a jogar em 3-4-3 com um balanceamento ofensivo espectacular e pontualmente arriscado. Se a produtividade do ataque fica muito aquém do volume de jogo criado, em contrapartida a defesa parece de ferro: 14 golos sofridos.
1995-96: Com a bênção do Papa
Robson descobre que tem um problema de saúde grave e desloca-se constantemente a Londres para ser observado. Mourinho e Inácio asseguram a rectaguarda, Pinto da Costa acompanha e apoia incondicionalmente o treinador numa fase muito delicada. Adriaanse acaba de passar uma provação enorme, com a morte do pai e da mãe no espaço de três dias. Pinto da Costa está a seu lado no funeral (na Holanda) e permite que o treinador se ausente por alguns dias.
1996-97: Vais fazer como eu te digo
António Oliveira tem muitas dúvidas sobre a utilidade do recém-contratado ponta-de-lança brasileiro Mário Jardel e de início aposta em Domingos e Artur. Depois, quando percebe que Jardel é um finalizador excepcional, ‘trabalha’ e apura o jogador no aspecto técnico e táctico, visando enquadrá-lo no futebol fino e requintado da equipa. Adriaanse faz o mesmo com o talentoso mas inconstante Ricardo Quaresma: disciplina-o e formata-lhe o talento à medida dos interesses do colectivo. O ‘ciganito’ explode e, como Jardel, aprende rapidamente a tornar-se o jogador mais influente da equipa.
1997-98: Gosto tanto de inventar
Oliveira gosta de provocar, não cede a sugestões e é teimoso. Com ele há surpresas constantes, poucos titulares certos e muitas apostas de risco – nem sempre bem sucedidas. Os adeptos começam a impacientar-se com as invenções e os ‘golpes de asa’ do treinador, e mantêm com ele uma relação fria e distante, apesar dos êxitos e da superioridade esmagadora da equipa. A pose inicial de Adriaanse, aliada às experiências e surpresas constantes, recolhem ‘feed back’ idêntico no estádio do Dragão: ele e os adeptos não chegam a fazer ‘click’.
1988-99: Três anos também está bem
A missão de Fernando Santos é de levar o FC Porto ao ‘penta’ e Pinto da Costa tem por ele grande estima. Quando o engenheiro vive um episódio desagradável com os adeptos no rescaldo da eliminação da Taça pelo Torrense nas Antas – é apupado e invectivado – o presidente põe-se imediatamente ao lado dele e não admite mais conversa. Santos acaba por ficar três épocas no Porto. Com Adriaanse passa-se o mesmo: o holandês chega a ser emboscado e insultado por arruaceiros e Pinto da Costa salta em sua defesa. O contrato do holandês é prolongado para uma terceira época.
2002-03: Olha, o Vítor no banco
José Mourinho aproveita um desaguisado com Vítor Baía no balneário, em vésperas do dérbi com o Boavista, para enviar uma mensagem fulminante a toda equipa: quem manda ali é ele. Baía, até aí titular indiscutível, vê-se subitamente suplente de Nuno Espírito Santo e passa um mês a ver os jogos do banco. Adriaanse, embora por outras razões – ele acredita firmemente que Helton é o melhor guarda-redes do Porto – também remete Baía para banco. E volta a sentá-lo depois de Vítor ‘eliminar’ o Sporting da Taça.
2003- 04: Onde pára o Benni?
Quando as distracções e folguedos de McCarthy se tornam excessivos, Mourinho, apesar da importância do avançado sul-africano, castiga-o: acabou, não jogas, passamos bem sem ti. E é verdade. O FC Porto continua a ganhar e a marcar sem McCarthy. Quando Mourinho levanta o castigo, Benni joga de raiva e afunda o Manchester United (2-1) no Dragão com dois golos. Com Adriaanse, o ‘exílio’ do problemático McCarthy ainda é mais prolongado... mas os resultados são idênticos – vês, Benni?: não fazes assim tanta falta! Novamente regressado à equipa principal, McCarthy parece mais calmo e responsável. Até ver.
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LUCHO FOI QUEM MAIS DEU PARA O TÍTULO
Quando faltam dois jogos para acabar a Liga, Lucho é o futebolista que encabeça a lista de atletas mais utilizados por Co Adriaanse. O argentino, que não jogou em Penafiel devido a castigo disciplinar, somou 2514 minutos ao cabo de 29 jogos. Além disso, é o melhor marcador da equipa (oito golos). Do actual plantel, refira-se que o terceiro guardião, Paulo Ribeiro, e o lesionado Bruno Moraes ainda não são campeões pois não têm qualquer minuto em campo. Pelo contrário, em França, o emprestado Postiga garantiu um lugar na lista de campeões devido aos dois jogos realizados na 1.ª volta.
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O ARTISTA DA TAÇA
A jogar de raiva, um dia depois de saber que não iria ao Mundial 2006, na Alemanha, Ricardo Quaresma mostrou ontem porque é considerado, senão o melhor jogador da Liga, pelo menos um dos mais criativos, apesar de não ser um dos eleitos do seleccionador Luiz Felipe Scolari para essa competição. Dará assim o seu contributo aos sub-21, que hoje iniciam a preparação para o Europeu da categoria que decorrerá em Portugal de 23 deste mês a 4 de Junho.Muito disciplinado tacticamente, jogando para o colectivo portista, Quaresma proporcionou alguns dos poucos momentos artísticos do jogo. Em excelente forma física, muito rápido, o médio surgia onde o adversário menos esperava. E sempre muito correcto disciplinarmente. Quase sempre pela direita, com algumas incursões pelo flanco esquerdo, quase sempre em duelos cerrados com Adalto - por vezes também com Janício -, o atleta do FC Porto esteve em quase todos os bons momentos de ataque portista. E aos 40 minutos deu de bandeja a bola para a cabeça de Adriano que marcou o golo da vitória. Este terá sido o momento do jogo: até aí o FC Porto mostrava um incompreensível nervosismo misturado com ansiedade perante um adversário que em contra--ataque, por Carlitos, já havia colocado a bola no poste de Helton. Com o golo, e o regresso para o segundo tempo, o FC Porto tranquilizou-se, apresentou maior dinamismo e rapidez na troca de bola, embrulhado num futebol rectilínio e eficaz que criou mais algumas oportunidades. Adriano, McCarthy, Ibson ou Lucho tiveram o segundo golo nos pés por mais de uma ocasião, mas o fulgor físico já era pouco. Com a saída de Quaresma (69), os campeões da Liga perderam o fio de jogo, ficaram completamente desgarrados e quase poderíamos dizer que por momentos se preocuparam a segurar o resultado.
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OS GÉNIOS SÃO MESMO FASCINANTES
Um destes dias assisti fascinado a um daqueles documentários magníficos sobre uma corrida espacial, nos anos 60, entre os Estados Unidos e a União Soviética. Foram muitos os inúmeros desafios que os cientistas dos dois lados da cortina de ferro tiveram que ultrapassar para colocar o Homem no espaço. Um pormenor particularmente delicioso tinha a ver com os milhões gastos pelos americanos no desenvolvimento de uma caneta que permitisse aos astronautas tomar notas em condições de gravidade zero, onde as canetas normais não funcionam. Foram realizados testes exaustivos, sob as mais rigorosas medidas de segurança, com as mais diversas e imaginativas soluções até se chegar ao instrumento de escrita perfeito:
-uma esferográfica com tinta sólida, pressurizada com nitrogénio, capaz de escrever em quaisquer condições de gravidade, um verdadeiro triunfo de tecnologia e engenharia.
Os russos, que tiveram que ultrapassar o mesmo problema, usaram um smples e prático LÁPIS. Por vezes, a simplicidade é mesmo o caminho mais curto para o verdadeiro génio.
E é por isso que Paulo Assunção é um jogador genial. Porque tem a inteligência de não se deixar cair na tentação de procurar uma solução complicada para um problema simples, mas também por reconhecer que algumas complicações são a forma mais simples de resolver alguns problemas.
Uma finta de Quaresma, por exemplo, pode ser a forma mais simples de resolver um jogo. Ora, entre a simplicidade de Paulo Assunção e as complicações de Quaresma, não há uma escolha óbvia. São ambos geniais.